terça-feira, 13 de março de 2007

A senhora poderia me ajudar?

Se o primeiro dia de trote serviu para conhecer todo mundo do IACS (campus de comunicação), o segunda dia me fez conhecer a UFF toda.
Iniciei meu dia já cansado e com certeza acordarei amanha mais cansado ainda. Fui a minha primeira aula do dia, teoria da percepção. Talvez minha percepção estivesse fraca no dia, mas acho que foi uma aula inútil, a professora não falou nada sobre o curso. Começamos com pé errado e graças a isso matei já minha primeira aula na universidade. Porem com um bom motivo, pra ganhar tempo e ir buscar meu exame em icarai antes do almoço, pois o trote estava marcado para as duas horas. Essa foi a minha primeira grande caminhada do dia. IACS - icarai / Icarai - plaza / plaza - IACS.
Cheguei la cedo demais, antes das uma. Odeio ficar sozinho esperando o tempo passar. Logo dei uma de estudante de comunicação, deitei no primeiro banco que vi para cochilar (acredite, isso acontece muito). Acordei com um susto:
- Acorda luka(s).
Era um dos veteranos que dera o trote no dia anterior. Sim, um veterano de outro curso lembra de meu nome, me senti o cara. Ainda mais que puxei um assunto que rolou super natural. Alias, me tornei uma outra pessoa nesses dois dias, começo conversas com pessoas que nunca vi na vida, tanto caloros como veteranos e pessoas na rua, super descontraído e nada tímido. Como disse cazuza "a vida ta ai para ser mostrada" e foi assim que me sentia. Tava ali para mostrar a todos quem eu era, sem medo.
Infelizmente, essa minha popularidade com os veteranos de publicidade me empurrou para o trote deles. Já que hoje os veteranos de cinema iriam levar os caloros para um sessão de curtas. Mas sem nenhum veterano de cinema por perto na hora para me salvar começaram a me pintar. E putz crila, peguei o veterano mais tapado para me pintar. Inicialmente eu seria o Bozo, porem ele errou na cor, pintou minha cara toda de branco. O plano B foi caveira, mas na hora de fazer as costelas ele errou novamento (anta!!). Assim descitiu e começou a me encher de "mãos" coloridas. No nosso grupo havia um dalmata, um batman, um the flash e eu, que não era nada. (Mas posteriormente um veterana de cinema descobriu que eu estava de wilson do naufrago, cara branca e uma mão vermelha nela).
Após já estar pintado os veteranos de cinema chegaram e começou a discussão. Já que cinema era o único curso que não iria sair para arrecadar dinheiro da choppada que era de todos os cursos de comunicação. Assim, só três coloros de cinema saíram para pegar dinheiro (os que já estavam pintados) e o resto foi ver os curtas.

Caminhei novamente até icarai, o point da grana. Trocava de parceiro frequentimente e descobri que carros dão mais dinheiro que pedestres. Assim o semáforo foi onde acampei. Fiquei 4 horas pedindo esmola e durante esse tempo conheci coloros de todos os cursos possíveis. Esse é o meu parecer:
O pessoal de exatas são os mais cretinos, não se integram com outros cursos e são competitivos. O de medicas, principalmente veterinária, são super pra cima, davam ate dicas para nós. Tecnológicas eram simpáticos, mas não muito sociais. Mas com certeza os de humanas são melhores, com veteranos que te procuram para fazer amizade e festejar junto.
O perfil de pessoa que ajuda é sempre o mesmo. Idosas, pessoas de classes baixas e garotas(os) afim de um agrado. Ouvi alguns "lindinho" "calorinho", mas muitos "não" e ignorancia. As pessoas fingiam estar mexendo em algo, atravessavam a rua ou ignoravam. Em consequência disso só consegui 5 reias, um dos piores ahuahuahua.

Ao voltar para o IACS totalmente cansado, ainda assisti o final dos curtas e o meu maior medo, o de ter criado antipatia dos veteranos de cinema por ter ido catar dinheiro, não se confirmou. Quando acabou o filme vieram me perguntar como tinha sido a rua. Me vi sento o único coloro numa roda de conversa de veteranos, um deles o diretor do curta recém passado. Foi demais.

AS 19 estava no ponto de ónibus para vir pra casa. Todo pintado, sem cueca (havia a colado por cima da calça e agora ela estava dentro da mochila), não conseguindo ficar mais de pé e ainda com uma rifa para vender.

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