Naquele dia eu me apaixonei por ela. Me apaixonei por todas elas. Altas, baixas, de vestido, de calça, morena e até as loiras. O olhar de quem admira é dinâmico. Como poderia ficar olhando só para uma? Se já vi o sorriso mais belo pela manhã e a tarde as pernas que fariam qualquer um engatinhar pelo resto da vida. No dia seguinte foi aquela nuca que o cabelo preso revelou, me segurei na cadeira. Na semana seguinte, os lábios que deixaram os meus inquietos. E todas trazem os olhos que nunca esqueço.
Não vamos aqui mencionar as curvas. Falta de respeito e falta de tempo para tanta descrição. Mas tenho certeza que todas gostaram de serem admiradas. Ah! Se não gostaram. Por fora coraram e por dentro se estufaram. Algumas tiveram a compaixão de fingir uma admirada por mim em troca. Quanta falsidade! Não tenho esse desespero como elas.
Tenho paixão por todas, mas me basta a admiração de quem irei amar. E disso eu tenho certeza, todas trocariam esse momento de flerte por esse amor, mas quem disse que sou tão gentil assim? Que se contentem com meu olhar babão não tão difícil de arrancar, esse eu me divirto em trocar. Para conseguir algo mais terão que demonstrar algo além. Algo que não me basta, algo que não entendo. Não terá que demonstrar quem ela é e sim quem nós somos.
Pensando nisso eu mando um sorriso de volta.
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