Ok, desculpe o esbarrão. Concordo com você, cada um vive sua vida, uns na crista outros esperando a onda. E a vida segue mais ou menos, uns com mais e outros com menos. Sempre o mais do mesmo. Mas o problema é que da onda não se leva nada, não se surfa, não se mergulha. Não acha solução para nada. São alguns segundos, alguns minutos, algumas noites e a onde apenas se torna uma constante amiga, nos bares, nas ruas, no jardim do meu quintal. Quando entro tropeçando em cada móvel pelo meu caminho, acho que tudo está no meu domínio. Nenhum problema é permanente, nenhum móvel é alto o bastante e nenhuma pena é o suficiente para mim mesmo.
Eu não sei se a idade passou muito rápido ou se a diversão se escondeu muito cedo, no fingimento de uma atriz qualquer. Mas remar até onda não me coloca mais onde eu quero e não me sussurra nos ouvidos mais nenhuma dose de ilusão. Me escondo da carrocinha para não virar sabão.
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