Imagine que a dez por hora os nervos ficam a mil. No balanço do ônibus os de pé querem um lugar e os sentados odeiam os em que estão. Se sentem claostofobicos por aquelas estátuas altas que como uma cortina empurrada pelo vento para dentro da casa avançam em sua direção quando alguém quer passar.
Todos envelhecem alguns meses lá dentro. Como se cada música que toca no fone de ouvido durasse um período de disperdício de vida. Juntos compõe a opera da volta. O Ode ao ódio. O tema do tédio. A volta de mais uma minima parte do merecimento de uma recompensa que ninguém merece.
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