quarta-feira, 29 de abril de 2009

Julio

Julio sempre pensou em se matar. Mas só nos últimos dias começou a planejar. A primeira coisa que passou em sua cabeça foi pendurar uma corda no teto da sala. A idéia de ficar ali pendurado, balançando como um pêndulo no meio da sala representando o tempo que não parou com a sua partida, era um tanto quanto poético e cairia como uma luva. E é claro não envolveria sangue. Nada que sujasse tanto a casa assim poderia ter uma explicação plausível para mulher de Julio. Nada de facadas, pistolas ou pular da janela.

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