Posso ser mais do que mesmo. Posso querer mais do que um filho do Brasil. Pois sou o filho da revolução que não deu certo. Filho de chocadeira. Cria do presidente eleito pelo nossos pais.
Posso ser mais. Posso ser mais audacioso. Posso ser mais meticuloso.
Mas não sou nada.
Sou o militante modelo de qualquer revolução que demande emoção. Acho mais que sei. Compreendo mais que acho. Sou de quem gritar alto, a melhor frase de efeito. Tudo pela necessidade latente de ser. Na insustentável leveza do não ser.
Quero saciar a natural fome dessa juventude. Que revira o lixo atrás de algum embrulho nostálgico.
Porque nesses tempos presentes a única agonia que nos une é justamente ocasionada pela chegada de nossos líderes ao poder.
E a fome não passou.
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