Basta dizer que a palavra me falta para que ela se sinta injustiçada por tudo que foi dito. Não basta dizer. É preciso moer. Até que o tintim seja por fim, por tintim. É preciso cozinhar toda a vergonha, pois o que está nu já não pode ser cru. É preciso decorar ao gosto variável dos olhos gulosos da ouvinte. Sem nenhum palpite, como um teste de instinto condicionado. É preciso dar. Sem ofender. Do jeito certo, não apenas oferecer. É preciso dar. É preciso dar a palavras.
A palavra me futuca. A palavra me instiga. A palavra me cala. Seja da sua boca ou da minha.
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