quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não vivo sem Adriana

Por dois dias em caminhei, no desespero sai de casa só com a roupa do corpo, que já suadas e sujas pareciam dar o sentido pejorativo a farrapos. Minhas barba, que já não era feita, já se mostrava esquecida. Eu era tristeza em casa e agora era tristeza nas ruas de terra.
Não me perguntava se era verdade o que diziam daquele monte. Se era preciso de algum guru para lá do alto falar com os falecidos, ou se era só preciso pensar para ser ouvido. Era a única coisa que podia acreditar e não questionava. Adriana, preciso falar com Adriana. Preciso dela ao meu lado para viver. Sem sua mão não consigo ir a nenhum lugar. Precisava fazer uma única pergunta. Só uma.
Subo o monte no último fôlego, caio de joelhos no chão e grito em meio ao choro.

- Adriana! Você sabe onde eu guardei a chave do carro?

2 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

Fiquei aqui pensando no que será que ela respondeu...

rsrs

abraço

Marina Marins disse...

Ah essa falta de memória que nos persegue pelos cantos que andamos..