segunda-feira, 19 de julho de 2010

Parte do mundo

Parte do mundo rouba minha liberdade.
De tão triste que fico me vem a ânsia,
mas nem isso posso botar para fora.
É tudo dele, nada é meu.
Nenhuma originalidade, nehuma abordagem.
Nenhuma vontade.
E como me esqueci de pedir permissão para ser mais.
minhas manhãs são vazias de tentivas
pois não há nenhum sonho esquecido para lembrar.

Parte do mundo me provoca liberdade
De tão utópico que fico me vem a ansiedade
mas isso não basta para botar pra fora.
É tudo meu, nada é concreto.
Nenhuma garantia, nenhuma saída.
Nenhuma ponte.
E como me esqueci de pedir permissão para ficar
minhas noites são vazias de despedidas
pois não há nenhuma novidade que me faça desgarrar.

Parte do mundo me pede liberdade
De tão nostálgico que fico me vem a ociosidade
mas não me basta botar pra fora
É tudo novo, é parte seu.
Nenhuma âncora, nenhuma raiz
Nenhuma fé.
E como me esqueci da decisão de ir embora
minhas tardes são cheias de letargia
pois não há nenhum motivo para me apressar

2 comentários:

Rê Coelho disse...

sem palavras à genialidade de sempre :)

Luanne Araujo disse...

tantas partes diferentes que terminam de forma parecida... melhor juntar todas elas pra fazer uma batida nova.