domingo, 5 de setembro de 2010

Riff de guitarra

Afirmaria que talvez o mundo acabasse ainda hoje se o existencialismo me largasse um pouco de mão. A nossa punição por contar tudo em números é a gravidade, que nos pressiona, que não vemos nos nossos atos. É hora de crescer os passos, aumentar a lista telefonica, sair do melhor lugar do sofá pra deitar. E quem há de lhe perguntar o nome? 
Seria talvez amor? 
Seria talvez assim mesmo?
É a chuva! É a poeira das frestas de sol pela manhã! O que for... me espera ali na esquina com uma novidade pra contar, me espera e traga um bom lugar para jantar. Hoje eu que pago por tudo com meu vale refeição, mas por favor, não me escolha nenhum caminho caro, não me venha com nenhum refrão em texto cantado, não me ganhe com um sorriso encantado. 
Não me confunda assim. 
Já está para chegar a tarde e da rua vem aquela música, que sempre ainda nunca ouvimos. Afirmaria que talvez o mundo acabasse ainda hoje se já tivesse feito tudo que deveria fazer hoje. Afirmaria que talvez o mundo acabasse ainda hoje se não tivesse mais nenhuma outra frase de efeito para usar.

A música PARA!