Essa tarde quero um poema limpo
curto como a felicidade e
de pernas longas como a verdade.
Ai ai, folha em branco
Tenho saudades da minha simplicidade,
da nossa leviandade
da leveza da mocidade e
também do peso das maldades
que fiz ao longo da manhã
Mesmo assim saio nas ruas
e ouso me chamarem de garoto
garoto perdido, garoto fingido,
garoto sofrido
por tanto amar
mas ainda assim saio nas ruas
e me chamam de menino
menino crescido, menino sabido,
menino corrompido
indo pro bar.
Todo fim de semana
ela vem e me alcança com os dentes
me joga na cama e me deixa contente
Difícil talvez seria ter ficar sem assunto
mesmo que nossas conversas sejam no mudo
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