Passa semana e a poeira acumula. É farelo, é cabelo, desapego. A preguiça que dá de se controlar. É só o chão, mas sinto tudo fora do lugar. E não adianta arrumar. Varro, passo pano, bato o tapete, tudo de novo novamente. Passo toda a sujeira para minha única camisa preta. E a mão de desinfetante fede a birra. Eu lavo, eu pago, eu engulo sapo. E o cheiro não sai. Não sai. Por mais que esteja superado, limpo. Por mais que vá até o limite do sopro. Quando sento no descanso já estou desapegado. Não tem melhor cigarro.
E a cinza voa com o vento. Para o chão.
E o tempo voa com o vento. Como punição.
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