Faça silencio quando o filme começar. Toda essas conversas e cochichos deveriam cessar junto com as luzes laterais da sala de cinema. Estamos prestes a entrar em um novo mundo, vamos viver outras vidas, presenciar situações que nunca vivemos antes. E vamos opinar a todo momento, dar conselhos ao personagem, que você não dizer o quanto de você há nele.
Isso tudo, claro, consciente de estar seguro na sua poltrona. O único medo que existe e de alguém alto sentar a sua frente. Por isso um filme não pode nem sequer pretender ser ridiculamente igual a vida real. É preciso que ele leve seus personagens além da coragem de todos. O espectador quer saber , quer se deliciar com decisões que sempre quis tomar mas nunca tem coragem para isso.
Não importa o quanto seja fictícia a historia. O sentimentalismo humano vai estar presente lá. Assim, mesmo tudo o ambiente sendo novo para o espectador, ele vai se reconhecer ali, nos pensamentos do personagem e quanto menos perceber vai estar dentro desse mundo desconhecido dando opiniões.
Guerra. Espaço sideral. Subúrbio. Mansões. Aldeias distantes. Como a mente humana poderia criar algo sem a presença da mesma? Ela não conhece um mundo sem si mesma.
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