segunda-feira, 14 de maio de 2007

Boas novas

Lembranças frescas, mas que com certeza serão eternas, mesmo para um esquecido como eu, porem romântico. Agora eternizadas nesse papel.
Naquela noite limpa e fria em que não se encontrava um refugio quente. Vi o cinema que me abriu os olhos. Pequeno, porem verdadeiro, sem pretensões lucrativas. O projetor visível por uma grande vidraça me hipnotizou. Tudo escuro e ele numa caixa de luz. Lindo
O frio me seguiu até o acento. Só não sei se era o frio na minha barriga ou não. Pois ao meu lado estava colombina (não posso mais chama-la assim) linda. Quando a magia começou as pressões que todo encontro carrega (que na verdade sou eu que crio) sumiram. Ela entrou na magia junto a mim sem ao menos sair do meu lado. Perfeitinha.
Pegamos o ônibus para casa e eu já tinha perdido a chance de beijá-la no fim do filme, quando tudo fica escuro de vez e ela me olhou nos olhos me esperando. Culpa do celular que tocou. Depois me perguntam por que odeio tanto a tecnologia. Agora eu só pensava que não poderia a deixar ir sem um beijo. Por mim, por ela, pelas chances do destino.
Sem saber por onde começar eu lhe fazia carinhos entre nossas risadas e sorrisos. Foi quando ela pegou a minha mão e a colocou entre as suas. Como algo poderia ser mais perfeito? Até o fim da noite eu já tinha tido a certeza que ninguém completa meus carinhos como ela. O desejo do beijo já havia deixado minha mente. Agora só me importava o toque das mãos.
Ela se mostrou tão meiga e tímida como eu, não sabia por onde começar também. Isso me deliciava e fazia a nervosismo ir embora. Foi quando ela fechou os olhos me convidando a dar o passo que tanto queríamos, me esperando. Nosso primeiro beijo fui eu que dei, mas foi ela que me convidou graciosamente. Ainda a vejo de olhos fechados e eu me aproximando lentamente e exatamente nessa hora começa a tocar em nossos ouvidos a musica certa, que abriu um sorriso em ambos. Naquele momento perdoei a tecnologia.
Colombina. A borboleta mais bela. Se bem quer saber, eu me lembro da primeira vez que te vi ou pelo menos que reparei em você. Foi naquela casa de show escura, que hoje não existe mais. Recordo-me de ter pensado comigo mesmo como sei jeito chamava minha atenção e que tinha uma beleza que me atraia e muito. Te via somente de longe naquela noite, eu era apenas um amigo de uma amigo seu.
Ainda nessa mesma taverna te vi meses depois. Não fora lá para me ver tocar e mais tarde confessou nem lembrar de mim em cima do palco. “O que você toca?” me perguntou rindo. Foi o inicio da nossa primeira conversa, entre risadas e sorrisos pela primeira vez. Em troca do seu esquecimento também esqueci do seu nome e você se divertia com meu embaraço.
Mais meses se passou até nos revermos num churrasco e lembra da existência mutua. Mas o que não sabe é que o seu nome não saiu fácil da minha boca e que chegavam aos ouvidos do nosso amigo em comum. A partir daquele dia quês te conquistar. Lembro de como prestava atenção no que eu dizia e no seu beijo de despedida.
Até hoje eu lembro.

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