quarta-feira, 28 de maio de 2008

Careta pervertido

Lendo algo que a foxy escreveu sobre sexo me fez ver que nunca havia escrito necessariamente sobre isso. E tive essa vontade. Ainda mais depois de ver dois filmes (alias os dois últimos que vi) um falando sobre sexo “declínio de império americano” e um falando sobre amor “Um beijo roubado”. Ambos ótimos filmes e que fazem pensar até onde existe amor no sexo e até onde existe sexo no amor. Eu ouso dizer, não existe amor sem sexo, mas há muito sexo sem amor. Isso pra mim é discussão antiga e banal, o que pegou fundo mesmo foi outra pergunta. A traição é do campo do amor ou do sexo?
Uh! Começou a falar coisas pesadas mocinho. Há quem ame uma pessoa só, mas tenha tesão por várias, não importa é tudo carnal. É claro que a dor de tal verdade praticada é insuportável por qualquer pessoa que ame, mas não deixa de ser verdade e não deixa de fazer sentido. Agora amar duas pessoas é trair o amor que elas sentem por você, é brincar com sentimentos.
Eu falo do que não sei. Nunca trai... E nunca fui traído (deixei me pensar assim e se sabe de algo fique calado). Mas sinto bem na pele o que é o tesão, o que é hormonal. Nessas horas muitas coisas parecem compreensíveis, basta você não pensar que a outra pessoa poderia sentir o mesmo por um estranho. É uma doutrina... Talvez por isso nunca fiz. Nunca consegui não me botar na situação da pessoa traída. A mim doeria demais.
Mas o sexo é uma coisa interessante. Nunca se acha que faz demais, mas é fácil achar que faz pouco. Nunca se está satisfeito, mas quando se está insatisfeito é o fim da relação. Lendo o texto me vi numa dessas mesas de bar em que esse assunto é a pauta de dia. Sempre me mantive quieto, dando opiniões não exemplificadas. Afinal, sempre fiz sexo pra mim e pra “ela”, não para os outros.
Porém como aqui sou sincero (até demais) falo... Minha vida sexual é invejável. Lembro que na minha primeira vez, agi por instinto como um conhecedor do ato. Preparei a cama, coloquei a camisinha acessível (ela ri disso até hoje) e foi sem nenhuma situação constrangedora do tipo de filmes pastelão adolescentes. Com essa minha primeira amante, amada, namorada fiz loucuras. O que posso dizer? Gostávamos de experimentar e éramos loucos o suficiente para isso. Lugares públicos, quase todo o kamasutra, anal e por ai vai... Tive outras amantes, mas só fiz o famoso sexo sem amor uma vez, não me deu tesão, não teve graça nenhuma... Sou um careta pervertido... Um romântico tarado...
Apesar de todas aventuras antigas a amante recente me mostrou um sexo que nunca tinha visto. Ficamos trancados numa casa por cinco dias e eu perdi a noção de tempo. Eu não sei como mas as coisas subiam embora cansadas, o suor não parava de escorrer e os orgasmos de acontecer. Foram incontáveis e eu pensava “essa mulher não existe”. Não fizemos nada de novo, mas tudo com uma sensação nova.
Só não realizei uma vontade até hoje, o manege a trois... Mas está na lista meus amigos de bares, está na lista...

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