sábado, 21 de agosto de 2010

Motor de Brasília

A cidade é triste
diferente de nós
que não somos felizes
dando nome as linhas de ônibus

Você chama de aperto o sufoco
e sorri para mostrar
que não é nenhum nem outro
deixando os passageiros aflitos

Estamos na América do Sul e o vento forte sopra em seu rosto
Deixando sem cheiro tudo que é vivo e tudo que é morto
E a imagem do recorte da janela obedece o padrão globo
Embora o que hoje seja favela sempre foi morro

Um comentário:

Luanne Araujo disse...

bem sensorial, gostei.
os dois últimos versos são tipo, uau.