sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Em bom português

Eu troco as palavras e ela nem se dá mais o trabalho de me corrigir. Ou de rir das frases atrapalhadas que formo por engano. Mesmo que não exista graça nenhuma no começo do fim.
Antigamente ela sorria no meio de uma fala carrancuda, me quebrava o raciocínio. Não é supletivo, é suplemento alimentar. Eu engolia uma saliva seca e pois bem... Suplemento, supletivo, você me entendeu. E ela entendia mesmo, me beijava a testa, você é um fofo e levantava para fazer um chá. Assim sem mais nem menos?! Sem nem me dizer se concordava ou não?! Nadica. Mesmo assim nunca repetimos uma única discussão, pois tudo ficava certo na mesma hora, tudo ficava claro, ficava estamos entendidos com aquele beijo na testa.
Hoje, já no fim do começo, eu continuo me atropelando nas palavras enquanto conversamos. Porém, ela não sorri, não me corta o raciocínio e nem me corrige quando digo: Melhor eu ir embora.

Não chuchu, melhor você ficar.

2 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

Andei meio sumido mas estou voltando

abraço meu caro!

Luanne Araujo disse...

Português truncado esse, hein.

Sentindo falta dos seus posts.