Pega a mala pela alça e faz ela partir. Pega forte nas mãos da falta de felicidade pra mostrar quem é que manda aqui. Escolhe a roupas que mais irá recusar. Para nunca trocar uma ideia pela outra. Para nunca mais ficar de ir embora e voltar.
Pois você sabe que o começo é sempre o mesmo. Estrada, barro, cascalho e areia. E é tanta preguiça de viver o hoje como se não houvesse ontem. Pois se a labuta começa cedo pode ser do cansaço atrapalhar, pode ser que de vontade de voltar pra cama que não é mais sua.
E leve consigo a certeza que todo mundo tem o direito de ficar desesperado, tem o direito de amar em demasiado, para enganar a vida que virá. Estrada, cascalho e areia grossa.
O que quero dizer é que a vida não para enquanto vivemos conservados.
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