Mirra, a lua repete toda noite a mesma luz e o mesmo céu, nasce contanto as horas para minguar, mas quando olha você ainda se deslumbra. Tudo muda. Naturalmente ou por birra. Imagina. A lua infla de segundas intenções, esfria, faz sereno. E você precisa ao menos tentar esquecer, ou nunca verá a luz do dia. Contagia. Para além de intenções de terceira, quarta, quinta cerveja. Quem é que tem cara para tudo isso? Que tanta gente é essa que vai e vem pelo mesmo céu com o trem de pouso aberto?
Se agasalha sob o infinito do caribe. Se camufla de todas as cores pintadas de aquarela. Mas não se esconde a saudade. Não se mata a vontade da carne. Por isso o tempo passa. Por isso ela fica. Por isso volver. A escrever poemas em prosa. Versos em zero e um. E se tudo acaba assim. Melhor não ter mesmo fim.
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