Até ontem eu te tinha na ponta dos lábios, adormecida. Respirava o encontro de seu cabelo com a nuca. Mas não dormia. A insônia me batia quando te sentia sonhando diante do meu nariz. Não conseguia tirar da cabeça que se fosse pra ser um sonho seria exatamente assim. Então pra que insistir? Passei tentar entrar no seu.
Eram noites agitadas. Por mais que se mexesse não deixava sair dos meus braços, imaginando que tormentos te perseguiam naquelas noites. Fora do meu alcance. Sussurrava perto do seu ouvido pra te lembrar que estava ali. E se acalmava.
Mesmo hoje não consigo dormir. Nada mudou. Outra insónia me bate. Você estava certa quando disse que tenho agonia em ficar sozinho. Agora falo sozinho. Imagino sonhos e divago lembranças. Não durmo.
Até gostaria de dormir para passar mais rápido o tempo. Mas ainda vivo cada momento, de olhos fechados. Respiro cada segundo. Sinto uma saudade de não sei o que que me lembra você. Sinto vontade de te ver para não o que fazer. Sabe? Agora eu sei. Acho que posso ser feliz sem você. Se é que dá pra ser feliz assim, só querer.
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