E não é por menos que se sofre, que seja acusado de vândalo. Eu mesmo vasculho minha mochila pra ver se acho garrafas, mas nada. Eu carrego sim comigo uma tristeza sem nome, só pronome. Minha. Ela não cala meu sorriso, não diminui o trincar de meus dentes e me faz companhia enquanto fumo na janela. São nessas noites quentes de verão que me provoca ao pé do ouvido. Me desafia a deixá-la e eu acho graça. Então feito mulher ela fecha a cara. Diz que não é nada, mas depois pergunta indignada... Qual é o meu problema... e eu respondo. Estou me sentindo preso... Em cárcere público. Eu ando pelas calçadas, troco olhares, divido meu baseado com um morador de rua, mas volto acorrentado. Todos nós... Ou a maioria de nós. Voltamos cansados. Corremos das bombas de gás e das criticas de efeito moral. Corremos por campos... feitos hippies num musical. Sem saber aonde ir... Para bem longe daqui... até a cerca.
Então pra que aceitar o acordo? Ainda não vou sair daqui. Só quero a utopia ou nada feito.
Um comentário:
Certo. Eu também quero a utopia.
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