quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Poderia tirar fotos. É rápido, basta apertar um botão, e não dói. Na dívida, para que forçar outra coisa se é o que sei fazer? Não era meu trabalho até ontem? Tiraria milhares das coisas que vejo pro aí. Cheia de cores e das belezas que vejo em cada canto dessa casa. Só para te mostrar como tudo era quando chegou ao mundo. Te exemplificar com um instante todo o movimento que a vida dá e não informa, eu te mostro… 
Seria mais fácil que escrever. Pois a muito tempo não atento mas bem que poderia tentar ao menos uma vez. Montar um diário. Lhe escrever a loucura que está, o tanto que mudou meus enquadramentos e ainda nem terminou a espera da gravidez. Assim que conseguisse ler iria saber dos dias de um casal novo engolido pela rotina de esperar dezembro. Contar o quanto tua mãe vive uma montanha russa hormonal, chora um momento e num instante está alegre dançando com você de parceiro. Contar do carro goiano que viajou até Niterói para ser furtado...
Até pensei em pintar. Com tinta, tela e jet. Cada sentimento, cada fato. Trazer cores para a vida de uma criança, incentivo para sujar as mãos e mudar o que tocar. A mesma má influência que arte trouxe para mim...
Devia fazer logo um filme. Lotar os cinemas para verem meu bebê nascido na banheira de casa. Colocar uma trilha sonora alternativa para dar o tom ativista. Chamaria de “ O nascimento não cabe num hospital”. Vai que fica bom como soa...

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