domingo, 25 de fevereiro de 2007

Tudo termina no começo

Sábado prometia, havia um churrasco marcado no fim do dia, mais um dos famosos smashing xurras, acredite são sensacionais. Só amigos comendo e bebendo numa casa onde (quase) tudo pode. Porém logo ao acordar já se sabia que a depressão não passara nem um pouco, já que esse seria o pior dia dela.
A minha chegada as 4 da manhã desencadeou uma conversa "amigável" com meu pai, ouvi durante uma hora um sermão sobre responsabilidades e solidariedade. Fazia tempo que eu não ajudava em casa, não fazia trabalhos necessarios voluntariamente. Tudo com a total razão, eu ouvi quieto e me vi como uma pessoa horrível, me vi como o tipo de pessoa que sempre desaprovei.
Terceiro efeito parafuso. Com certeza o pior.

Assim, logo após o almoço joguei fora todos os outros planos que tinha e decidi fazer a minha rotineira caminhada ouvindo musica no talo. A trilha sonora de hoje com certeza seria a mais melancolica possível e antes de sair editei a playlist no meu mp3 numa pasta com o mesmo nome claro.
Essas caminhadas foram uma maravilhosa descoberta que tive a alguns meses. Ela junta tudo de bom para mim. Adoro o ar livre, me sinto renovado quando chego em casa, como alguém que chora por horas tudo que pode por uma magoa até supera-la. Também faço exercício físico necessario para abaixar meu colesterol (genético) e, por final, penso muito na vida enquanto ouso musica, que sempre não acho tempo e calma para ouvir, coloco minhas ideia no lugar, vasculho meus sentimentos e tomo decisões bem pensadas. Sem essas caminhadas volto a ser a pessoa precipitada, ansiosa e paranóica que sempre fui.
Mas a de sábado foi nada especial. Estava numa situação que nem ouvir musica queria, escrever muito menos. Estava começando a temer essa depressão. Parei no meio da caminhada e sentei no meio fio da calçada mesmo. A essa hora já tinha desistido de ir no churrasco, não tinha a miníma vontade, não tinha como pagar e nem poderia ficar muito tarde.


sem fim...

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