Os filmes não deveriam mentir. Deveriam sempre brincar de falar a verdade, contar mentiras sinceras para eu chorar enquanto riu, enquanto vejo como sou triste. Para me fazer esquecer dessas outras artes grotescas as quais não me enquadro. Como a arte (ou seria melhor jogo?) da paquera, como a arte da relação relação humana. Odeio toda essa tensão gerada nesses encontros. Tenho que falar alguma coisa, demonstrar outras e esconder aquelas outras. Odeio a conversa forçada de quem não se conhece. Porque um sentimento tão belo como o amor tem que começar por algo tão rude como a paquera? Pois já cansei de pensar em indiretas, convites e assuntos para atrair sua atenção em mim. Tudo parece tão falso, planejar maneiras de criar interesse me parece ser tão sujo. Só queria falar o que sinto sem assustar, chegar ao carinho sem ter que passar pela falsidade.
Sou suspeito para criticar. Já que nunca fui bom nisso, apesar de ser muito carinhoso, atencioso e romântico. Mas do que serve isso na grotesca paquera? Sou um motor que não sabe arrancar, um choro que não sabe como começar e por isso não chora, mas magoa-se por dentro.
E de tanta experiência eu já sei qual dos ques, dos quais e poréns. Todos de cor para ouvir um não. Sem ter a chance de mostrar o que me fez vir até aqui.
"Pense bem ou não pense assim"
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