É de se espantar a sorte, quando não sonhamos em compasso. Como eu. Meus sonhos são descompassados, num ritmo só deles, ou melhor dizendo, num ritmo inexistente. Adormecer ouvindo música para mim é perturbante. Acordo sem ter sonhado com meus olhos.
É de se espantar o amor, quando deixamos para se entregar mais tarde. Ela ouve cada palavra que tenho para dizer, adora meus pensamentos e tem vontade de mergulhar na forma em que vejo nosso mundo. Ri das piadas, relaxa no silêncio e geme na cama. Acho que nunca estive num relacionamento assim. Já estive onde fui mais e onde fui menos, mas nunca fui assim. Ela foi mais importante para eu me achar do que imagina. Ela me incentivou a mudar de forma bem consciente.
E isso me faz pensar no porque não somos um casal. Deixar de ser dois para ser metade de um. Acho que associei o romance a outra tipo de relacionamento. Onde sou mais ou menos. Provável que menos do que mais. Isso me torna um daqueles personagens de drama dos meus filmes favoritos? Que não consegue amor num relacionamento positivo. Ou que só consegue crescer onde não há o peso dos sentimentos. Deixo isso para quem só quer me assistir.
E ela adoro a maneira como só fala máximas.
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