Ela fica ali apenas olhando pra mim. Com aqueles olhos desenhados sem dizer uma única palavra. Fazendo eco no canto em que ela está sentada. Sobre o chão de madeira. Que cheira a frio do canto do outro lado em que eu estou sentado. Podemos nos ver em linha reta. E quase poderia dizer qual a cor de seu vestido. Preto talvez, mas seus olhos não larga meu olhar. Sem piscar. Olhos desenhados em preto e branco.
Olho para a solidão. Só beleza. Uma beleza suave de linhas curvas agradáveis. Nem um pouco ameaçadora. Não havia medo de que se movesse dali. De que se aproximasse mais. Ela nunca irá sair dali. E eu estou preso aqui. Hipnotizado. Odiando. Apaixonado.
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