Preciso de um carro para estacionar. Preciso parar de procurar um fim que dê razão ao começo. Ando (a pé) me perguntando demais se a morte explica o nascimento. Pois no meio a multidão não para, arrasta, rasga seu caminho e traça o que vier pela frente. Pelo bem, pelo mal. Quem não segue o passo passa a marginal. Quem não esconde bem seus diferenças para caro para ser igual.
Preciso de corpo fechado para abrir uma conta bancária. Preciso de tempo para ligar para o SAC e ter devolta o que nunca abri mão. Mas meu amor, sonhos são como carro velho, só dá trabalho. Não remunerado. Não põem mesa. Não compra sossego. Só cria apego ao fim que dá razão ao começo. Só trás descontento da metade que não se sente inteiro. E nunca será enquanto sonhar.
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