E quando me enamoro pela prática estou listo. Na teoria tudo é lindo. Chamo pra conversar no mesmo lugar que tudo começou. Amor, acabou. Acho melhor nos apegarmos a outras coisas. Menos unhas sujas, mais patas seguras. Que dê futuro, sabe? O por do sol rosado. Sempre do mesmo lugar fica gozado.
Você segura minha mão calejada como quem não vai soltar mais. Mas se acostumo com a ideia de uma hora pra outra você vai. Yo sé. E aí na teoria ai ai! Na prática tudo se repete. Algo sempre se perde. Que seja eu a você, que eu sem você. Percebe a sobriedade? Não? Não amo essa sinceridade que te entrego já no primeiro trago. Puro. Desce brabo.
Então damos aDeus. Esquecemos as lágrimas que desidratamos, a lástima que foi rir por último e o trabalho gasto com planos rebuscados. Deixados até o último momento para serem realizados. Por supuesto, o fim veio antes. Do natal e dos presentes. O que foi dado foi cobrado com uma força violenta no peito. O vinho subiu ao coração. E agora sinto a indigestão.
Então entregamos adeus. Nos damos por vencidos pelo erro. Damos um novo nome e o engano passa a ser o começo. Não devíamos ter sido. Não devíamos ter nos construídos assim. Em cima de sonhos. Não devia ter mentido.
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